quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Padrinhos, pais segundo Deus

Os padrinhos têm grave dever de educar seus afilhados segundo a verdade de Cristo
O papel dos padrinhos na formação dos cristãos é mais antigo do que se imagina. A tradição remonta ao século quarto, quando a Igreja tinha de enfrentar as perseguições romanas e as heresias pagãs. A eles cabia o dever de instruir os catecúmenos na fé católica, preservando-os dos erros que pululavam na comunidade. E no caso das crianças, além de professarem a fé em nome delas, recebiam a responsabilidade de educá-las conforme a doutrina perene dos santos apóstolos.
O decreto Ad Gentes, do Concílio Vaticano II, procurou enfatizar esse significado do apadrinhamento, recordando que a iniciação cristã no catecumenato não é obra apenas dos sacerdotes ou dos catequistas; é "de toda a comunidade dos fiéis, especialmente dos padrinhos, de forma que desde o começo os catecúmenos sintam que pertencem ao Povo de Deus"01. Assim se expressava também o Pastor Angelicus na Encíclica Mystici Corporis. Segundo Pio XII, os padrinhos e madrinhas "ocupam um posto honorífico, embora muitas vezes humilde, na sociedade cristã, e podem muito bem sob a inspiração e com o favor de Deus subir aos vértices da santidade"02.
As palavras do venerável Papa são um verdadeiro alento, além de um sutil, porém necessário, puxão de orelha. Os padrinhos são chamados à santidade de vida. Não é da alçada deles a compra de presentes, mas a instrução na fé católica, porquanto "uma criança não é capaz de um ato livre de fé: ainda não a pode confessar sozinha e, por isso mesmo, é confessada pelos seus pais e pelos padrinhos em nome dela."03 Numa época dominada pelas falsas filosofias de vida e pelos erros ideológicos, exaustivamente pregados nas escolas e na imprensa, reavivar o sentido do apadrinhamento na fé católica parece tarefa imprescindível.
O Código do Direito Canônico dispõe algumas normas para que se escolha o padrinho do batizando. Em primeiro lugar, obviamente, exige-se que "seja católico, confirmado e já tenha recebido a Santíssima Eucaristia, e leve uma vida consentânea com a fé e o múnus que vai desempenhar".04 Depois, que "não esteja abrangido por nenhuma pena canônica legitimamente aplicada ou declarada". Ora, ao contrário do que possa parecer, não são regras absurdas. Como dito anteriormente, aos padrinhos cabe a missão de "assistir na iniciação cristã" e "esforçar-se por que o batizado viva uma vida cristã consentânea com o batismo e cumpra fielmente as obrigações que lhe são inerentes".
Os padrinhos são muito mais que uma posição social; são pais segundo Deus, pois no batismo morre o "homem velho" e nasce o "homem novo". E como verdadeiros pais, têm o grave dever de transformar seus filhos em soldados de Cristo, educando-os na escola de santidade dos grandes santos da Igreja.
Por Equipe Christo Nihil Praeponere
Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior pertence ao clero da Arquidiocese de Cuiabá (Mato Grosso – Brasil).

Espiritualidade sem Deus

O século da espiritualidade sem Deus

Os homens não têm procurado servir a Deus, mas à sua própria vontade
"Antes morrer do que pecar" (São Domingos Sávio)
O primeiro mandamento do Decálogo pede ao homem que ame a Deus sobre todas as coisas.“Ouve, ó Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças” (Dt 6, 4-5). É tal a importância desta prescrição que Jesus reconhece nela, sem hesitar, “o maior e o primeiro mandamento” (Mt 22, 38).
Também Santo Agostinho teve diante de si a primazia do amor na vida cristã. Uma sentença célebre do santo latino diz: “Ama e faz o que quiseres”. Com isto, o doutor da graça não quer dizer que as obras, a prática das virtudes ou as orações não sejam importantes na caminhada quotidiana; ele lembra, ao contrário, que tantos atos de piedade e de fé se resumem no mandamento do amor - e que é justamente por causa dele que o católico teme a Deus e procura cumprir os outros mandamentos. “Eis o amor de Deus: que guardemos seus mandamentos” (1 Jo 5, 3).
Santo Afonso de Ligório explica que “desde que uma alma ama a Deus, levada por esse amor, evitará tudo o que desagrada e fará tudo o que satisfaz a esse amável Salvador”. De onde se conclui que todos os pecados e ingratidões que os homens têm cometido contra Deus decorrem da falta de amor para com Ele. Se os Seus filhos O amassem verdadeiramente, prefeririam morrer a pecar, como preferiu São Domingos Sávio. Se de fato amassem o Senhor, não se aborreceriam em permanecer minutos ou horas diante do Santíssimo Sacramento; ao contrário, empenhar-se-iam continuamente na oração, para falar cada vez mais com o objeto de seu amor. Se de fato amassem a Deus, sofreriam penas e mais penas sem desanimar, pois, nas palavras de Santo Afonso, “para um grande amor nada há que seja difícil demais”.
No entanto, ama-se a Deus? Infelizmente, não. Se por um lado o nosso século contempla, atônito, “a existência do ateísmo militante, operando em plano mundial” 01, por outro, vê crescerem de maneira escabrosa múltiplas filiais de espiritualidade sem Deus. Trata-se de um fenômeno espantoso, mas tristemente real. Os homens não têm procurado servir a Deus, mas à sua própria vontade. Desprezando o batismo que muitas vezes receberam em sua infância, descambam para outras religiões, procurando aquela que melhor se encaixe aos seus gostos ou caprichos.
E, se a comunidade pentecostal da esquina satisfaz por pouco tempo, não tem problema: segue-se ainda à procura de outras, mais brandas ou “tolerantes”. Procede-se com as coisas de Deus como com os bens terrenos: negociando, estabelecendo uma espécie de “barganha” espiritual. Não se procura a religião por causa de uma procura agostiniana da Verdade, mas por uma sede de satisfação pessoal, para resolver alguns problemas temporais e obter algumas consolações.
É claro que este não é um fato novo. São Lucas narra nos Atos o episódio de um certo Simão, “que exercia magia na cidade (...) e fazia-se passar por um grande personagem” (At 8, 9). Diante da pregação dos apóstolos, o mago, deslumbrado, “ofereceu-lhes dinheiro” (v. 18), para que também ele pudesse impor as mãos e fazer com que os fiéis recebessem o Espírito Santo. A resposta de São Pedro foi dura: “Maldito seja o teu dinheiro e tu também, se julgas poder comprar o dom de Deus com dinheiro!” (v. 20). Nos tempos apostólicos, indivíduos como Simão eram repreendidos severamente e instados ao arrependimento; hoje, tais “homens de negócios” exibem-se em redes de televisão sem nenhum pudor ou constrangimento.
“Maldito seja (...), se julgas poder comprar o dom de Deus” – são palavras do primeiro Papa. O dom de Deus é graça, não se compra. A salvação de nossa alma é graça, não se pode negociar. Para obtê-la, é preciso voltar ao primeiro mandamento: amar a Deus sobre todas as coisas, amar-Lhe e conformar-se à Sua vontade - à vontade de Deus, e não à nossa. Afinal, como ensina Santo Afonso, “fazer a própria vontade e seguir sua inclinação não é servir a Deus”.
Por Equipe Christo Nihil Praeponere
Blog do Padre Paulo Ricardo

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Viva Cristo Rei!

Beato Martin Martinez Pascual

beato

Beato Martin Martinez Pascual, padre executado durante a Guerra Civil Espanhola aos 25 anos de idade. Ordenado em 15 de junho de 1935, ao eclodir a perseguição religiosa pelos comunistas, Martinez Pascual viveu escondido em casa de amigos e até em uma caverna. Ao saber que seu pai havia sido preso, apresentou-se voluntariamente aos algozes em agosto de 1936, com pouco mais de um ano de sacerdócio. Foi preso e, a caminho do cemitério em um caminhão, morto juntamente com 5 sacerdotes e 9 leigos. Enquanto todos foram assassinados pelas costas, quando lhe perguntaram se gostaria de não olhar para os rifles durante a sua execução, respondeu que não. Tudo o que ele queria era abençoar aqueles que o matariam e rezar a Deus para que os perdoasse pela sua morte. Seu único crime era o de ser sacerdote do Altíssimo. Então, perguntaram-lhe se gostaria de dizer algo. Martín respondeu: “Quero somente dar-vos a minha benção para que Deus não leve em conta a loucura que cometereis”.
E então bradou: “Viva Cristo Rei!”
Instantes antes de ser morto, ele sorriu para o fotógrafo que tirou esta última foto. Em seus olhos, se pode ver a coragem e a alegria de um padre fiel.
* * *

Oração pelos Sacerdotes

Onipotente e Eterno Deus, voltai o vosso olhar ao Vosso Filho, e por amor Dele, Sumo e Eterno Sacerdote, tende misericórdia dos vossos sacerdotes. Lembrai-vos, ó Deus misericordiosíssimo, que eles não são mais que homens fracos e frágeis. Acendei neles a graça de sua vocação, infundida pela imposição das mãos episcopais. Mantende-os próximos a Vós, a fim de que o inimigo não prevaleça sobre eles e a fim de que nunca cometam o mínimo ato indigno de sua sublime vocação.
Ó Jesus, peço-Vos pelos Vossos sacerdotes fiéis e fervorosos; pelos Vossos sacerdotes infiéis e mornos; pelos Vossos sacerdotes que labutam em sua pátria ou no exterior, em distantes campos de missão; pelos Vossos sacerdotes tentados; pelos Vossos sacerdotes solitários e desolados; pelos Vossos sacerdotes jovens; pelos Vossos sacerdotes moribundos; pelas almas dos Vossos sacerdotes no purgatório.
Mas, sobretudo, recomendo a Vós aqueles sacerdotes que me são caros; o padre que me batizou; os padres que me absolveram de meus pecados; os padres cujas Missas assisti e que me deram o Vosso Corpo e Sangue na Sagrada Comunhão; os padres que me ensinaram e instruíram, me ajudaram e encorajaram; todos os sacerdotes de quem sou, de alguma forma, devedor, particularmente o Padre … (mencione o nome). Ó Jesus, guardai-os abundantemente no tempo e na eternidade.
Retirado de Frates in Unum.com

Viva Cristo Rei!

A todos os homens se estende o domínio de nosso Redentor.

Por outra parte, erraria gravemente quem negasse a Cristo-Homem o poder sobre todas as coisas humanas e temporais, posto que o Pai conferiu-Lhe um direito absolutíssimo sobre as coisas criadas, de tal sorte que todas estão submetidas a Seu arbítrio. Apesar disso, enquanto viveu sobre a terra se absteve inteiramente de exercitar esse poder, e assim como então desprezou a posse e o cuidado das coisas humanas, assim também permitiu, e segue permitindo, que os possuidores delas se utilizem.
Acerca do qual diz bem aquela frase: Não retira os reinos mortais Aquele que dá os celestiais. Portanto, a todos os homens se estende o domínio de nosso Redentor, como afirmam as palavras de nosso predecessor, de feliz memória, Leão XIII, que fazemos, com gosto, nossas: “O império de Cristo se estende não só sobre os povos católicos ou sobre aqueles que tendo recebido o batismo pertencem de direito à Igreja, ainda que o erro os tenha extraviado ou o cisma os separe da caridade, mas compreende também aqueles que não participam da fé cristã, de modo que sob a potestade de Jesus se encontra todo o gênero humano“.
[...]
Julgamos peste de nossos tempos o chamado laicismo com seus erros e abomináveis intenções; e vós sabeis, veneráveis irmãos, que tal impiedade não amadureceu em um só dia, que se incubava desde muito antes nas entranhas da sociedade. Começou-se por negar o império de Cristo sobre todas as gentes; se negou à Igreja o direito, fundado no direito do mesmo Cristo, de ensinar ao gênero humano, isto é, de dar leis e dirigir os povos para conduzí-los à felicidade eterna. Depois, pouco a pouco, a religião cristã foi nivelada às demais religiões falsas e rebaixada indecorosamente ao nível destas. A submeteram logo ao poder civil e à arbitraria permissão dos governantes e magistrados. E se avançou mais: houve alguns destes que imaginaram substituir a religião de Cristo com certa religião natural, com certos sentimentos puramente humanos.Não faltaram Estados que creram poder passar sem Deus, e puseram sua religião na impiedade e no desprezo de Deus.
[...]
Ademais, para condenar e reparar de alguma maneira esta apostasia pública pelo laicismo, com tanto dano à sociedade, não parece que deve ajudar grandemente a celebração anual da festa de Cristo Rei entre todos os povos? Em verdade: quanto mais se oprime com indigno silêncio o suave nome de nosso Redentor, nas reuniões internacionais ou nos parlamentos, tanto mais alto há de se gritá-lo e com maior publicidade há se de afirmar os direitos de sua real dignidade e potestade.  [...] A celebração desta festa, que se renovará a cada ano, ensinará também às nações que o dever de adorar publicamente e obedecer a Jesus Cristo não só obriga aos particulares, mas também aos magistrados e governantes. A estes trará à memória o pensamento do juízo final, quando Cristo, não só por ter sido retirado do governo do Estado, mas também por ter sido ignorado ou menosprezado, vingará terrivelmente todas estas injúrias; pois sua dignidade real exige que a sociedade inteira se ajuste aos mandamentos divinos e aos princípios cristãos, seja ao estabelecer as leis, seja ao administrar justiça, seja finalmente ao formar as almas dos jovens na sã doutrina e na retidão dos costumes.
Pio XI, Carta Encíclica Quas Primas, sobre a Festa de Cristo Rei, de 11 de dezembro de 1925.

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