A família católica não é como outra família qualquer. Para nós, ela é a família por excelência: se inicia com o casamento, “instituído pelo próprio Deus no princípio do mundo para a propagação e conservação do gênero humano e por Ele decretado indissolúvel, (…) feito mais indissolúvel e mais santo ainda por Cristo, que lhe conferiu a dignidade de Sacramento, e dele fez a figura da sua união com a Igreja” (Leão XIII, Quod Apostolici Muneris, 28 de dezembro de 1878)
Assim, a família surgida do sacramento do matrimônio é o único modelo de família reconhecido pela Igreja. Esta família se baseia na união indissolúvel de um homem e uma mulher com vistas à geração e educação da prole, e auxílio mútuo do casal.
Já de início é possível perceber a enorme distância desta família católica daquelas outras, chamadas de família, mas que verdadeiramente, no sentido cristão, não o são. A começar pelo laço eterno entre esposos: isto quer dizer que o casamento católico não acaba… não existe divórcio, como nas uniões realizadas pelos protestantes ou no civil. Nosso Senhor foi veemente quanto a isto, dizendo “Portanto, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não o deve separar” (Mt 19,6; cf. Mc 10,9).
Depois, o dever da procriação: dever singular, que não permite o uso de quaisquer meios artificiais para “evitar” a vinda da prole. Então, é impensável para um casal católico o uso de pílulas anticoncepcionais, dispositivos-intrauterinos, preservativos… A Igreja, pela voz do sacerdote, nos pergunta no momento da celebração do matrimônio: “aceitam os filhos que Deus lhes confiar?” A resposta, obviamente, só pode ser uma: “sim”. E se a resposta é sim, quer dizer que devemos estar sempre abertos à vida. Desde tempos imemoriais, a família numerosa foi considerada uma benção de Deus; nas Sagradas Escrituras se diz:
Tua mulher será em teu larComo uma vinha fecunda.Teus filhos em torno à tua mesa serãoComo brotos de oliveira (Sl 127,3)
Mas, não basta a indissolubilidade e a procriação para fazer de uma família a imagem verdadeira do lar católico. Santo Afonso de Ligório diz que a educação cristã é obrigação dos pais: “os pais pecam, se não ensinam a seus filhos as coisas da Fé e da salvação eterna”.
Estes são os pressupostos para a existência de uma família católica: ou seja, os elementos básicos que formam a família cristã, de acordo com a Igreja.
Retirado do Blog: As chamas do lar Cristão...
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