Muitos acreditam que para a Igreja Católica sexo é algo
horroroso, pecaminoso e intocável. Mas a verdade é que a Igreja vê o sexo, a
sexualidade humana como algo precioso, como um grande tesouro que precisa ser
bem guardado e utilizado da forma adequada e no momento adequado. A esta forma
prudente e adequada eu chamo de castidade.
Embora a sociedade tenha verdadeiro pavor da palavra castidade,
“ Todo batizado é chamado a levar uma vida
casta, cada um segundo seu estado de vida próprio.” (CIC 2394)
Todos nós somos chamados a viver a castidade, inclusive os
casados. No namoro, a castidade é vivida na forma de abstinência total do sexo
e demais carícias que possam provocar um relacionamento mais intenso, desta
forma viverão a descoberta do respeito mútuo, a aprendizagem da fidelidade, do
carinho, da esperança de receberem ambos da parte de Deus, deixando para o
casamento as manifestações mais íntimas de ternura, específicas do amor
conjugal. É belíssimo!
Para entender melhor é preciso que saibamos que o sexo tem por
finalidade a união do casal e a procriação. “No casamento, a intimidade corporal dos esposos se torna um
sinal e um penhor de comunhão espiritual.”(CIC 2360) Porém quando o
prazer sexual é buscado por si só, isolado de suas reais finalidades, torna-se
moralmente desordenado.
Casamento é união de corpos, mas é especialmente união de
duas almas que se amam e optam por viver juntos para todo o sempre. Muitos dão
a desculpa que é preciso conhecer o outro também sexualmente antes do
casamento, mas perdoem-me se for grosseira, mas nem todo aquele(a) que é bom de
cama será bom esposo (a) e nem muito menos fiel como é o necessário.
A castidade será uma força para o casal de namorados. Onde se vive a castidade
existe mais carinho, mais respeito e maior auto domínio de si, quem vive a
castidade no namoro terá mais chances de viver a fidelidade no casamento.
Aqueles que conseguem viver a abstinência sexual durante o namoro dão grande
prova de amor uma ao outro além de se exercitarem no autodomínio também de
outras forças em nós mesmos especialmente a do temperamento.
Muitas moças e rapazes têm medo de serem trocados, rejeitados ou
até mal interpretados por conta da castidade, mas este medo não deve existir! O sexo jamais poderá ser
exigido como uma prova de amor, ao contrário a castidade sim será
uma grande prova de amor e uma grande força na união do casal.
Quem constrói um namoro solidificado pela castidade certamente
será feliz no matrimônio. Todos desejam
ter uma família santa e feliz, para isso é preciso construir um namoro santo,
casto.
São muitas as desculpas para se viver o sexo fora do matrimônio,
mas só quem experimenta a castidade no namoro é quem sabe o quanto mais se vive
de carinho, conhecimento e amor.
A Palavra de Deus diz: ” Torna-te
modelo para os fiéis, no modo de falar e de viver, na caridade, na fé, na
castidade.[...] Se isto fizeres, salvar-te-ás a ti mesmo e aos que te ouvirem.” (I Tim
4,12;16b).
A Igreja católica quando afirma que o sexo é para o matrimônio,
não está sendo antiquada e retrógrada, mas uma mãe zelosa que por experiência
sabe as conseqüências do sexo antes do casamento e as feridas que ele provoca
na alma de ambas as partes. Por causa do sexo sem compromisso são muitas as
jovens que engravidam, interrompem seus estudos, outras cometem abortos, são
abandonadas por seus namorados, com um filho, ou às vezes sem filho, jovens
ficam depressivas pois doaram aquilo que tinham de mais íntimo, rapazes que não
conseguem se controlar, têm sua sexualidade ferida e afetividade baseada no
sexo… Enfim são muitas as conseqüências dolorosas que associadas a Palavra de
Deus nos levam a termos a certeza que o namoro precisa ser vivido na castidade,
e que isto será um bem não só para católicos mas para todos que quiserem ser
mais felizes e construírem uma família com bases sólidas no amor.
Castidade não é uma recomendação apenas católica, mas em quase
todas as religiões fica a recomendação de um namoro casto, deixando claro aqui
que sexo antes do casamento será algo prejudicial não só para católicos, mas
para todos. Sexo é fonte de vida, mas fora do casamento poderá se tornar em
fonte de morte para qualquer um.
Sexo é um belo presente de Deus e vale apena esperar o
matrimônio. A castidade é um grande escudo que protege o namoro e o casamento
contra traições, desamor, falta de carinho e especialmente um escudo que
protegerá contra as más escolhas e um casamento infeliz. Quem viver a castidade
verá o quanto é lindo e maravilhoso.
Lembremo-nos sempre que somos chamados a santidade, a sermos
santos, como Deus é Santo, e a castidade é um grande exercício de santidade.
Para alcançá-la a vida de oração a dois será uma força incomparável.
Um abraço fraterno
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