Eis aqui um ótimo dia para refletirmos sobre a santidade. Quando a Igreja decreta alguma festa de algum santo ela está dizendo para todos os fiéis (portanto, a cada um de nós): Olhem para esse santo, olhem para a vida, olhem para o esforço. É possível sim chegar a santidade.
Tá, mas aí você nos questiona: eu lá sou um Santo Agostinho, com toda a sua inteligência? Eu lá sou uma Santa Faustina, com toda a sua vida de penitência? Eu lá sou um João Paulo II, com todo o seu pontificado extraordinário? Sou uma Santa Mônica com toda a sua paciência?
É…concordo contigo. Você não é nenhum deles, mas você é VOCÊ. E isso faz a grande diferença.
Os santos viveram suas vidas não para serem iguais a outros santos. Eles se espelharam sim, em outro, mas a vida que eles queriam imitar era a de Jesus Cristo.
E isso, tenho certeza, você tem buscado: imitar a Cristo em seus gestos e atitudes.
Mas agora lanço um desafio: Como imitar a Cristo na vida que eu levo?
Isso só depende de você.
Você topa esse desafio? Você quer ir além? Você quer levar aqui nessa Terra uma vida de santidade?
Apresentamos aqui em poucas linhas a vida de dois jovens (como nós dois, como vocês que lêem) que não pararam diante das limitações da vida e quiseram ir além, quiseram levar a vida de santidade já aqui.
Vocês já devem ter lido algumas coisas sobre eles, mas como eu disse, hoje é um dia para refletirmos sobre a santidade. Tenho certeza que ler a história deles de novo, vai reacender o desejo de santidade no seu coração.
Os nomes, vocês já devem ter acertado: Beato Pier Giorgio Frassati e Beata Chiara Luce
Beato Pier Giorgio Frassati
Pier Giorgio nasceu em uma família abastada em Turim na Itália no ano de 1901. Seu pai, um empresário, foi muito influente na política, o que levou Pier Giorgio a se tornar membro ativo do Partido Popular.
Dedicou grande parte de seu tempo livre para servir os doentes e os necessitados, cuidando dos órfãos e ajudando os militares que retornavam da Primeira Guerra Mundial. Sua caridade não se resumia em simplesmente dar algo aos outros, mas em dar-se inteiramente.
Como todo jovem, gostava muito de esportes. Seu esporte preferido era o Alpinismo. Todas as vezes que saia para as montanhas ele aproveitava para evangelizar os seus amigos. Esses, eram constantemente convidados á irem a Missa, rezar o rosário e a Liturgia das Horas.
Sua frase mais conhecida (Verso l’Alto – Para o Alto) foi escrita em sua última escalada em 07 de Junho de 1925. Essa frase resume a sua vida terrena: uma luta constante para alcançar a vida eterna.
Muito católico, Pier Giorgio tinha um carinho especial por São Paulo e por suas cartas. Em 1922
entrou para a Ordem Terceira Dominicana.
Teve um grande amor (Laura Hidalgo) mas que por causa de sua família que não apoiava sua união, acabou sofrendo e sacrificando esse amor.
Iniciou sua faculdade de Engenharia mineral e só não a concluiu porque acabou contraindo poliomielite. E apenas um mês depois (no dia 04 de Julho de 1925) com apenas 24 anos, Pier Giorgio foi elevado aos céus por conta dessa doença.
Em 20 de maio de 1990 foi beatificado pelo Beato João Paulo II e proclamado como “o homem das oito Bem-Aventuranças, que leva consigo a graça do Evangelho, da Boa Nova, da alegria da Salvação que Cristo nos oferece.
Chiara Luce
Filha única, nasceu em uma família simples de cristãos praticantes.
Era uma “esportista por excelência”, guardava suas economias e sonhava em ser médica para ajudar as crianças da África. Aos 9 anos entrou como Gen (geração nova) no Movimento dos Focolares. Gostava de patinar, de montanhas e do mar, lembra sua mãe. “Era uma menina cheia de vida: gostava de rir, cantar e dançar.”
No dia em que fez a sua primeira Comunhão recebeu um presente muito especial, o livro dos Evangelhos. Foi para ela um “magnífico livro” e “uma extraordinária mensagem”; como havia afirmado: “Para mim, é fácil aprender o alfabeto, deve ser a mesma coisa viver o Evangelho!”.
Desde muito jovem fez o propósito profundo de não “doar Jesus aos amigos com as palavras, mas com o comportamento”. Tudo isso nem sempre é fácil; de fato, repetirá algumas vezes: “Como é duro ir contra a corrente!”. E para conseguir superar cada obstáculo, repetia: “É por ti, Jesus!”.
Aos 17 anos foi acarretada por uma doença, que mudaria o rumo de sua vida e talvez de sua fé. De repente, uma dor aguda no ombro esquerdo revelou, nos exames e nas inúteis operações, um osteossarcoma que deu início a um calvário de dois anos aproximadamente.
Depois que ouviu o diagnóstico de que estava com câncer, Chiara não chorou, não se revoltou e ficou imóvel e em silêncio. Após 25 minutos saiu dos seus lábios o seu sim à vontade de Deus. Repetiu muitas vezes: “Se é o que você quer, Jesus, é o que eu quero também”. Assim sendo, não perdeu o sorriso e com alegria enfrentou tratamentos doloroso. Ela não aceitou receber morfina para não perder a lucidez (foi muito corajosa) e ofereceu tudo pela Igreja, pelos jovens (por mim. por você), pelos ateus, pelo Movimento Gen, pelas missões, etc. Sempre permaneceu serena e forte. Repetia: “Não tenho mais nada, contudo tenho o meu coração e com ele posso sempre amar”.
Ao apresentar esses dois testemunho de santidade, desejamos que você possa perceber que a santidade não é algo inatingível. Comporta algumas renúncias e sofrimentos, mas que é possível por causa da nossa decisão.
Cada um, na sua particularidade, pode ir além, pode aspirar a santidade, com aquilo que somos e aquilo que sentimos.
Então, qual é a diferença dos dois beatos apresentados e de cada um de nós? NENHUMA
A única coisa é que eles deram passos para ir além. Eles caminharam na escolha que fizeram: Amar Jesus Cristo acima de tudo.
E você, vai ficar aí parado?
Conte com nossas orações.
#TamuJunto
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