The Golden Globe goes to ‘The Social Network’. Com essas palavras o ator Michael Douglas entregava ontem um dos quatro Globos de Ouro ao filme “A Rede Social”, que trata da história do Facebook, rede na qual – depois de muito relutar – resolvi nestes últimos dias abrir uma conta, motivado em grande parte por poder reecontrar os amigos de outros países com os quais tinha perdido praticamente todo o contato.
Adicionando um amigo aqui e acolá, e recebendo convites de pessoas as quais nunca antes tinha visto, voltei a refletir sobre um texto, cujo excerto publiquei aqui no blog meses atrás. Tratava-se de uma entrevista com Eric Schmidt, presidente da Google publicada no jornal La Vanguardia, de Barcelona. Na continuação do texto então postado, se dizia:
São questões muito interessantes as que Schmidt toca. Entre outras – em distintas palavras – o tema do pudor, virtude quase esquecida, que preserva nossa intimidade, cada vez mais exposta também nestes novos meios. Destacaria, no entanto, a pergunta que ele faz na entrevista: “Pode-se ter mil ou dez mil amigos?”.
É interessante ver o frenesi com o qual muitos buscam aumentar o número de “amigos” adicionados nestas redes. Não descarto o valor da internet quando se trata de novas amizades verdadeiras. Eu mesmo já fiz grandes amigos através, por exemplo, de lista privada de e-mail’s. Já cheguei até mesmo a assistir um casamento de dois jovens – bons católicos – que se conheceram num chat. Enfim, o que questiono é pensar que o número absurdo de “amigos” corresponda a uma realidade. Teria sentido uma pessoa regozijar-se por ter quinhentos ou mil “amigos” adicionados em sua conta? Pode alguém confiar sua alma a tantas pessoas, e bem conhecê-las?
Gostaria de terminar recordando – nunca é demais – que as amizades não se contam pelo número de seguidores na rede, mas pela presença efetiva que uma pessoa tem em nossas vidas. E isso costuma ser inversamente proporcional aos números de amigos virtuais…"
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